Sinopse: Mariam tem 33 anos. Sua mãe morreu quando ela tinha 15 anos e Jalil, o homem que deveria ser seu pai, a deu em casamento a Rashid, um sapateiro de 45 anos. Ela sempre soube que seu destino era servir seu marido e dar-lhe muitos filhos. Mas as pessoas não controlam seus destinos. Laila tem 14 anos. É filha de um professor que sempre lhe diz: "Você pode ser tudo o que quiser." Ela vai à escola todos os dias, é considerada uma das melhores alunas do colégio e sempre soube que seu destino era muito maior do que casar e ter filhos. Mas as pessoas não controlam seus destinos. Confrontadas pela história, o que parecia impossível acontece: Mariam e Laila se encontram, absolutamente sós. E a partir desse momento, embora a história continue a decidir os destinos, uma outra história começa a ser contada, aquela que ensina que todos nós fazemos parte do "todo humano", somos iguais na diferença, com nossos pensamentos, sentimentos e mistérios.
Escolher este livro, por si só, ja foi um desafio. Como eu sempre digo, sou uma leitora preconceituosa, e muito resistente as literaturas diferentes do circuito Ingles-Americano... Mas encarei o desafio e fui lá!
É importante dizer que o estilo literario de Khaled é completamente diferente de tudo que eu estou acostumada.
Marian é uma mulher sofrida. Foi iludida durante toda a vida, e acabou sendo entregue a Rashid, para casamento. Um homem insuportavel (pelos meus padrões)... Eu não gosto muito de dar detalhes sobre as historias pq acabo sempre soltando um spoiler.
A historia, na verdade, usa o romance mais como um pano de fundo para divulgar os horrores da guerra do que o contrario. Tudo o que acontece está relacionado com os conflitos e suas consequencias.
Diferente de "O Diario de Anee Frank", a guerra aqui é muito mais detalhada. Enquanto que no outro apenas nos limitamos a encarar as consequencias do movimento de guerra para a familia de Anne, neste livro temos panoramas dos bombardeios, das mortes, das esperanças...
Eu não consegui ainda definir se este estilo literario me agrada, pq ainda estou naquela fase pós-choque, onde a realidade praticamente bate na nossa cara! Quem não vive a realidade da guerra, só acompanha pelo Jornal Nacional, não tem dimensão do horror que ela é.