sexta-feira, 26 de outubro de 2012

[resenha] V de Vingança - Allan Moore




Sinopse:



Esse mês de outubro eu quase deixei passar o DL 2012. Esse negocio de Graphic Novel não faz meu tipo, primeiro pq acho que uma historia narrada, adaptada para uma HQ quase sempre é tão ruim quanto a adaptação para a tv. além disso, a parte da narrativa subjetiva fica prejudicada. Então, resisti em ler alguma obra que eu já conheça e que tenha sido adaptada e procurei me centrar nas historias originalmente HQ's.

V de Vingança, foi escrita em hq preto e branco orginalmente. Conta a historia de uma Inglaterra imersa em uma crise pós guerra no final do século XX. Vale ressaltar que essa historia foi escrita originalmente em 1988, então, o que temos aqui é uma visão futuristica de um autor. Mesmo que nos remeta a um passado já quase distante, afinal 1997 já passou a quase 15 anos!

No cenario de medo e incerteza, principalmente no cenario politico, aparece V, um revolucionário, ora heroi, ora terrorista, que busca um sentido (meio sem sentido) de justiça, baseada na anarquia simples e pura.

Particularmente eu não gosto deste tipo de mensagem, de que os fins justificam os meios, e que, para chegar  ao novo é preciso destruir o antigo. Acho perigoso essa manifestação, em um mundo que pode ver tantos paralelos com a realidade fantasiosa de V.

No fim, faltam as subjetividades que só uma boa narrativa pode trazer, com descrições de ambientações e sensações que sempre ficam a mercê do leitor no caso das graphic novels.

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

[resenha] Cidade de Vidro - Cassandra Calire




Sinopse: Clary está à procura de uma poção para salvar a vida de sua mãe. Para isso, ela deve viajar até a Cidade de Vidro, lar ancestral dos Caçadores de Sombras, criando um portal sozinha. Só mais uma prova de que seus poderes estão mais sofisticados a cada dia. Para Clary, o perigo que isso representa é tão ou menos assustador quanto o fato de que Jace não a quer por perto. Mas nem o fora de Jace nem estar quebrando as regras irão afastá-la de seu objetivo: encontrar Ragnor Fell, o feiticeiro que pode ajudá-la a curar a mãe. 



Terceiro, e ultimo, volume da série, este livro termina de forma satisfatoria a série que começou de forma pouco pretenciosa e alcançou reconhecimento absoluto no cenario literario mundial, principalmente entre os jovens.
Se no segundo volume não dava pra falar muito, esse aqui, então prefiro não falar absolutamente nada sobre o livro, apenas que a autora se mantem fiel a sua postura de não modificar os fatos sobre a mitologia dos personagens.

O melhor que posso dizer da série foi que eu li toda ela em um fim de semana: comecei sexta a noite e terminei domingo! Outro ponto positivo é que é uma série que já acabou. Atualmente tem me causado uma grande raiva essas séries que começam, daí fazem sucesso e não terminam nunca mais...

Vale a pena pegar os 3 livros, sentar e ler tudo de uma vez!

[resenha] Cidade das Cinzas - Cassandra Caire





Sinopse: Clary Fray só queria que sua vida voltasse ao normal. Mas o que é “normal” quando você é uma Caçadora de Sombras assassina de demônios, sua mãe está em um coma magicamente induzido e você de repente descobre que criaturas como lobisomens, vampiros e fadas realmente existem? Se Clary deixasse o mundo dos Caçadores de Sombras para trás, isso significaria mais tempo com o melhor amigo, Simon, que está se tornando mais do que só isso. Mas o mundo dos Caçadores não está disposto a abrir mão de Clary — especialmente o belo e irritante Jace, que por acaso ela descobriu ser seu irmão. E a única chance de salvar a mãe dos dois parece ser encontrar o perverso ex-Caçador de Sombras Valentim, que com certeza é louco, mau... e também o pai de Clary e Jace. Para complicar ainda mais, alguém na cidade de Nova York está matando jovens do Submundo. Será que Valentim está por trás dessas mortes? E se sim, qual é o seu objetivo? Quando o segundo dos Instrumentos Mortais, a Espada da Alma, é roubada, a aterrorizante Inquisidora chega ao Instituto para investigar — e suas suspeitas caem diretamente sobre Jace. Como Clary pode impedir os planos malignos de Valentim se Jace está disposto a trair tudo aquilo em que acredita para ajudar o pai? Nessa sequência de tirar o fôlego da série Os Instrumentos Mortais, Cassandra Clare atrai os leitores de volta para o lado mais obscuro do submundo de Nova York, onde amar nunca é seguro e o poder se torna a mais mortal das tentações. 





O segundo volume da série "Os instrumentos mortais" começa quase que imediatamente onde o anterior terminou.  Para quem conhece a historia do Santo Graal, aliás, uma das historias que falam sobre o Graal, não tem como não ver de onde Cassandra Claire tirou inspiração do seu Calice Mortal, que tem o poder de criar novos Caçadores.
A historia mantem coerencia com a maior parte das lendas na qual a escritora estruturou sua narrativa. A unica excessão, talvez, seja no que diz respeito as fadas, que aqui tem uma descrição muito peculiar, que, obviamente, não posso falar para não estragar a surpresa.

Infelizmente não se pode falar muito para não estragar a leitura.

Se você leu o volume 1 e gostou, vai amar este segundo volume. Se não gostou do volume 1, vale a pena ao menos saber o que aconteceu com Claire, Jace e, principalmente Jocelyn

[resenha] Cidade dos Ossos - Cassandra Claire




Sinopse: Um mundo oculto está prestes a ser revelado... Quando Clary decide ir a Nova York se divertir numa discoteca, nunca poderia imaginar que testemunharia um assassinato - muito menos um assassinato cometido por três adolescentes cobertos por tatuagens enigmáticas e brandindo armas bizarras. Clary sabe que deve chamar a polícia, mas é difícil explicar um assassinato quando o corpo desaparece e os assassinos são invisíveis para todos, menos para ela. Tão surpresa quanto assustada, Clary aceita ouvir o que os jovens têm a dizer... Uma tribo de guerreiros secreta dedicada a libertar a terra de demônios, os Caçadores das Sombras têm uma missão em nosso mundo, e Clary pode já estar mais envolvida na história do que gostaria. 



No Desafio Literario 2012, o tema de setembro é mitologia. A série "Os Instrumentos Mortais" está repleta de pura mitologia. Temos Anjos, Demonios, Vampiros, Lobisomens, Fadas, Feiticeiros e mais um monte de coisas que recheiam uma das séries adolescentes (e para adultos com espirito jovial) mais badaladas da atualidade.

Aqui conhecemos Clary, uma adolescente normal, que de repente se depara com um mundo completamente novo, onde todas as lendas são reais. Ela conhece Jace, um caçador das Sombras cuja principal diversão é caçar e matar demonios.

Logico que temos romance neste livro, mas de uma forma bem mais leve (e bota mais leve nisso), se comparada com meu ultimo livro. Os personagens são bem construídos e, novamente, a vantagem desta obra é que a autora consegue manter coerencia com a essencia de cada personagem ou seja: vampiros não podem sair ao sol, lobisomens são escravos da lua, demonios são demonios de verdade. 

Enfim, pra quem gosta do gênero é uma leitura muito agradável, que não dá aquela sensação de que estragaram tudo o que você sabia do assunto até o momento...

[resenha] A noite mais sombria - Gena Showalter



Sinopse: Ashlyn Darrow sempre fora atormentada por vozes de diversas épocas, sobrepostas, interligadas, vindas de todas as direções, causando-lhe profundo sofrimento. Só havia um lugar onde ela talvez pudesse encontrar a cura para seu mal: a misteriosa fortaleza habitada pelos imortais, em Budapeste. Homens com poderes extraordinários, cada um carregava em si um dos demônios libertados da caixa de Pandora. Porém, somente Maddox, o guerreiro castigado com a mais cruel de todas as maldições, seria capaz de livrar Ashlyn de seu desespero. Morrendo todas as noites e renascendo à alvorada, o guardião do demônio Violência agonizava com o desejo de tocar Ashlyn, mas receava perder o controle sobre o espírito maligno e se tornar uma ameaça para ela.



Quando encontrei este livro, estava pesquisando para o Desafio Literario 2012, no mês de agosto, cujo tema seria terror. Ao ler a sinopse, resolvi deixa-lo para setembro, cujo tema é mitologia... e este livro é recheado com tudo que há de melhor na mitologia mundial.

"A noite mais sombria" faz parte de uma série chamada Senhores do Mundo Subterraneo, que é super badalada no cenario internacional e que, para variar, é um pouco deixada de lado aqui no Brasil.  A série é no mesmo formato da Irmandade da Adaga Negra, onde cada livro tem um personagem central.

Mas, vamos aos fatos: este livro conta a historia de guerreiros que foram amaldiçoados pelos deuses do Olimpo, após abrirem a caixa de Pandora, libertando vários demonios aprisionados lá. Como castigo, cada guerreiro virou o guardião de um demonio. E a historia começa justamente quando, após uma revolução no Olimpo, os Titãs, que são antideuses, tomam o poder.

Nesse contexto aparece a Ashlyn, que também tem uma maldição e que encontra a paz ao lado de Maddox, o personagem central do livro, que além do demonio da Violencia, carregava ainda uma outra maldição.

A historia é bem estruturada no quesito mitologico, trazendo as lendas dos deuses de forma coerente, sem muitas alterações que tanto incomodam na literatura moderna.

Não dá pra contar muito sem estragar a historia. Mas vale dizer que este livro é HOT! Com cenas bem detalhadas, diga-se de passagem. Quem gosta de literatura adulta, mas com conteudo, nada daqueles romances melosos, dos livros de banca da série Julia, não pode perder este livro e suas sequencias!

sábado, 1 de setembro de 2012

[resenha] Entrevista com o Vampiro



Sinopse: Uma história que começa com a ousadia de um jovem repórter ao entrevistar Louis de Pointe du Lac, nascido em 1766 e transformado em vampiro pelo próprio Lestat, figura apaixonante que terminará, ao longo da série, arrebatando multidões como cantor de rock. Louis, esse vampiro que se recusa a livrar-se das características humanas e aceitar a crueldade e a frieza que marcam os vampiros, continua a contar a história desde o início. É um mundo de uma fantasia impressionante, um mundo gótico, romântico, esse criado por Anne Rice e traduzido por Clarice Lispector. O texto da autora americana não poderia ter melhor intérprete, talvez mesmo cúmplice.



Eu pensei que não ia conseguir terminar a tempo de postar para o Desafio Literario 2012, masconsegui terminar ontem a noite. Daí, fiquei sem internet...
Ainda bem que deu tempo, pois Anne Rice é a rainha dos contos de terror! Se ela fosse casada com Stephen King seria uma combinação perfeita!

Essa edição foi traduzida por Clarice Lispector. Ouso dizer que finalmente encontrei uma obra de Clarice que eu tenha gostado (mesmo só a tradução).

Assim como aconteceu com "O Iluminado" e "Gabriela - Cravo e Canela", é impossivel falar de "Entrevista com o VAmpiro" sem associa-la a obra videográfica, que é um classico do cinema nos anos 90. Com Brad Pitt, Tom Cruise e Antonio Bandeiras em suas melhores formas.
 O filme é muito, muito diferente do livro. Esta é uma das 3 exceções a regra, na minha opinião, onde o filme supera o livro.
Não que seja ruim o livro, é que o filme é sensacional, mesmo!

Entrevista com o Vampiro faz parte da série "As crinicas vampirescas", sendo este o primeiro livro que a autora escreveu e, assim como aconteceu com a fabulosa Jane Austen e seu "Orgulho e Preconceito", esta obra foi rejeitada por diversas editoras, que a esta hora devem estar se contorcendo de raiva pelo sucesso perdido.

Mas estou divagando. O livro conta a historia de Louis, um vampiro com forte senso de consciencia e humanidade (calma! não é nada comparado a familia Cullen!!), que busca desesperadamente respostas e que seu mentor, o fantastico Lestat (que tem seu proprio volume nas cronicas) se recusa a dar.

É uma obra com personagens riquissimos! Estes são bem trabalhados, suas caracteristicas, suas intenções, seus trejeitos e maneirismos são bem explorados. Nada fica pendente, mesmo pertencendo a um conjunto maior, Entrevista se completa.

Para quem só viu o filme, é imprescindivel a leitura do livro, principalmente para entender um pouco mais de Lestat e suas motivações. E Louis também, pois o filme começa em um ponto bem a frente da historia narrada no livro.

A forma que Anne Rice usou para contar sua cronica é sensacional! Eu sempre gostei destas formas atipicas, como acontece em "Carrie: a estranha", no caso de  Entrevista, a grande sacada fica no fato de existir um reporter, humano, entrevistando Louis e todos os acontecimentos serem explorados a partir do ponto de vista dele.

Leitura obrigatoria para quem gosta do genero!


E que venha setembro com as leituras mitologicas!! Mal posso esperar!

terça-feira, 21 de agosto de 2012

[resenha] Historias Extraordinarias - Edgar Alan Poe



Sinopse: O homem sempre sentiu medo, sobretudo daquilo que não pode entender,do incerto e — porque não dizer — do proibido. Talvez por isso o horror tenha algo que nos afaste, mas que também nos atraia e nos deixe fascinados. E foi desbravando essa estranha e ambígua sensação que o contista, crítico e poeta norte-americano Edgar Allan Poe se consagrou como um dos mestres do gênero do terror e o pai da literatura policial. Ambientes sombrios, ruas desertas, esquinas escuras, mansões malditas, assassinatos misteriosos e personagens sobrenaturais compõem a atmosfera gótica que tanto marcou suas histórias de terror. Poe detém o poder de envolver o leitor desde a primeira frase. Ele nos conduz pelo conto, deixando escapar apenas o que devemos saber naquele momento, mantendo o suspense até o desfecho invariavelmente inesperado. Mas suas fina ironia, seu sarcástico humor e suas inigualáveis lógicas e sagacidade também são elementos que cunharam a obra desse homem que influenciou de forma decisiva o conto moderno de horror. Ler as histórias de Edgar Allan Poe nos faz regressar aos tempos de infância, em que os maiores medos despertavam o horror, mas também deixavam um estranho desejo de sentir o corpo arrepiar, só mais uma vez. Uma experiência inigualável. 



"Historias extraordinarias" é um livro de contos, exatamente assim: extraordinarios. Eu não poderia encerrar o mês de agosto no Desafio Literario 2012 sem ler e resenhar uma obra prima de um dos maiores genios do genero fantastico-assustador, que a humanidade já viu!

Edgar Allan Poe é muito famoso por seus contos, e este livro reune 18 dos melhores contos do autor. Não pretendo aqui resenhar conto por conto, até por que alguns nem me agradam tanto. Mas vou tentar falar de alguns deles.

Um grande barato da escrita de Poe, é que na maioria dos seus contos os personagens não são nomeados. Dizem as más linguas que isso ocorre pq Poe sempre se colocava como protagonista de suas historias e que estas eram fruto de seus devaneios pessoais.

Dito isso, é importante também entender que ao longo dos anos centenas de estudiosos vem tentando entender e desvendar o que há por tras dos contos e a mensagem que Poe tenta passar sobre si, em cada conto.

Sobre os contos propriamente ditos, é preciso dizer que são primorosos! São historias que cumprem o seu papel de criar um clima tenso e complexo envolvendo o leitor até a ultima letra. Aqui, darei destaque aos meus dois favoritos: "O gato preto" e "A queda da casa de Usher".

No primeiro, temos a historia de um homem que passar por um processo de transformação e cujo o elo que mais se destaca é a presença de um gato preto, que permeia entre as fases da mudança do personagem. Até que em um momento de desespero ele mata o gato. E então os problemas começam!
Bom, não posso contar muito para não estragar o conto, mas vale muito a pena!

No caso do segundo, também é a morte o elemento chave: um homem recebe o chamado de um amigo que está muito doente. Ao chegar lá, acaba descobrindo que a doença é bem mais complexa do que se havia imaginado e "origina-se" em sua irmã que acaba morrendo.  E aí eu não posso contar mais.

Mas vale muito a pena ler Allan Poe!

[resenha] Jardim de Ossos - Tess Gerritsen



Sinopse: Boston, 1830. Para pagar seus estudos, Norris Marshall, um estudante de medicina talentoso, mas sem recursos financeiros, integra as fileiras dos “ressurreicionistas” — saqueadores de tumbas que negociam cadáveres no mercado negro. Contudo, até mesmo esse mórbido comércio parece insignificante diante do corpo mutilado de uma enfermeira encontrado no terreno do hospital universitário. Quando um médico conceituado sofre o mesmo destino, Norris descobre que seu ganha-pão ilícito o transformou no principal suspeito dos crimes.
Para provar sua inocência, o estudante precisa encontrar a única testemunha que viu o assassino: Rose Connolly, uma bela costureira dos cortiços de Boston. Ao lado do sarcástico e inteligente jovem Oliver Wendell Holmes, Norris e Rose vasculham a cidade em busca de um maníaco que aguarda a próxima oportunidade para matar.
Massachusetts, dias atuais. Julia Hamill fez uma descoberta terrível em sua nova casa no interior: um crânio enterrado no jardim. Humano, feminino e, de acordo com a patologista Maura Isle, com traços inconfundíveis de um homicídio. Quem quer que tenha sido ou o que tenha acontecido com aquela mulher, é algo perdido no passado.
Com suspense incansável e uma perfeita reconstituição de época, O jardim de ossos intercala habilmente a história de protagonistas dos séculos XIX e XXI, desvendando os mistérios obscuros através do tempo e do espaço. Forte, sangrento e brilhante, confirma o talento primoroso de Tess Gerritsen



Mais uma deliciosa leitura para o mês de agosto. Algumas pessoas argumentaram que este livro não era propriamente de terror... Mas sim, é um livro que assusta! Elogiado pelo proprio mestre Stephen King (Aquele de O Iluminado e Carrie: a estranha...). Então, segui o conselho do especialista e tornei Tess leitura obrigatoria na minha casa também.

A historia é brilhante! Começa com a descoberta de ossos no jardim de Julia que, recem divorciada, tenta recomeçar a vida. Daí que ela conhece um adoravel velhinho rabugento chamado Henry, parente (não me lembro o grau agora) da falecida dona do imovel que Julia adquiriu.

A partir daí a historia retorna alguns anos, para 1830, para narra a historia de um dos maiores assassinos em série da historia americana. 
Mas o livro é muito mais que isso. Narra a historia de amor entre o jovem (e pobre) Norris que almeja ser um médico famoso e Rose, uma mocinha desafortunada, que acaba de perder a irmã.
No meio disso tudo, muitas mortes, um assassino que parece surgir do nada, com uma capa preta e a face da morte...

É uma historia deciosa de se ler, tão bem escrita e estruturada que chega a emocionar. Tess conseguiu conectar tão satisfatoriamente suas historias que dá gosto de ler.
O fato de Tess ser médica dá um tom ainda mais especial, já que ela consegue descrever com precisão quase cirurgica (entenderam o trocadilho?) as barbaries que o maniaco cometia. Em uma determinada hora até eu cheguei a acreditar em um assassino sobrenatural (mas, conhecendo Tess como conheço, imediatamente descartei a ideia).

Brilhante! E pensar que comprei em uma pechincha de banca por miseros R$ 10,00!!! Já peguei muito mais por livros com menos da metade da qualidade deste!

Sabe o que é mais bacana nesse livro? Se vc, assim como eu, gosta de buscar opiniões na internet sobre os livros que pretendem ler, vai ver que cada pessoa tem uma interpretação pessoal do livro, ora dizendo ser Julia o enfoque da trama, ora sendo Rose, ora sendo Norris... Até o pobre Henry ganhou destaque!!!!! E foi isso que também chamou minha atenção para este livro!

No fim, vale lembrar que se você é um leitor que não gosta de cenas fortes, ou barbaries descritas de forma bem didatica é bom ficar longe deste livro. E evite ler durante as refeições, kkkk!

Em tempo, a capa do livro é linda!

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

[resenha] Amante Sombrio - JR Ward





Sinopse: Nas sombras da noite, em Caldwell, Nova York, desenrola-se uma sórdida e cruel guerra, entre vampiros e seus carrascos. Há uma irmandade secreta, sem igual, formada por seis vampiros defensores de sua raça. Ainda assim, nenhum deles deseja a aniquilação de seus inimigos mais que Wrath, o líder da Irmandade da Adaga Negra. Wrath é o vampiro de raça mais pura dentre os que povoam a terra e possui uma dívida pendente com os assassinos de seus pais. Ao perder um de seus mais fiéis guerreiros, que deixou orfã uma jovem mestiça, ignorante de sua herança e destino, não lhe resta outra saída senão levar a bela garota para o mundo dos não mortos. Traída pela debilidade de seu corpo, Beth Randall se vê impotente em tentar resistir aos avanços desse desconhecido, incrivelmente atraente, que a visita todas as noites envolto em sombras. As histórias dele sobre a Irmandade a aterrorizam e fascinam. Seu simples toque faísca, um fogo que pode acabar consumindo a ambos.



Vamos lá, mais um livro de vampiros, assustador também ,mas com um plot totalmente diferente!


Tá, preciso ser muito justa, pois apesar do livro ser hot, hot, hot, deixou a desejar em alguns aspectos.

O livro conta a historia de Wrath, o lider da irmandade, que nem queria ser lider... o cara é machão, grandão, se veste de couro e tem cara de mau (ai ai...). Ele se apaixona por sua pupila e dai saem as cenas mais, hum... interessantes da historia. São quentes! 

Bom, deixando de lado essa parte, falemos do enredo em si. A historia paralela, a guerra da Irmandade é bem fraquinha... o Sr. X é chato, pouco trabalhado, os conflitos são previsiveis, muitas vezes infundados, e o enredo peca pela falta de profundidade.

Originalidade a parte, me incomodou o mecanismo que a autora usou para justificar a comunidade vampiresca. Afinal, não achei que tinha muito sentido a pessoa ter que nascer vampira... os vampiros tem que procriar, não morder. Isso tirou um pouco do brilho da historia...

Mas, enfim, a cena da explosão compensa a falta de uma cena forte de conflito no final do livro.

Por fim, vale ressaltar que este livro nada tem de literatura infanto juvenil, é um livro adulto (adultissimo) e para quem gosta, recomendo muito! 

[resenha] Setimo - André Vianco



Sinopse: Um vampiro desperto depois de quinhentos anos abre os olhos numa terra estranha, nova e cheia de sangue. Sétimo decide fazer do Brasil seu novo lar, para tanto terá de formar um verdadeiro exército de vampiros para demarcar seu território, exibir seu poder e dar combate aos caçadores. Elege um vampiro recém-criado para servir-lhe de guia, general e pupilo. Em sua sede por sangue e conquistas, ao autoproclamar-se a criatura mais poderosa da Terra, Sétimo atrai além de vampiros, um sem número de inimigos deste e do outro mundo. Estes inimigos despenderão esforço sobre-humano, empregando, além de armas carregadas com balas de prata, dentes pontiagudos e poderes paranormais. O espetáculo mais bizarro da terra não pode parar.


"Setimo" começa basicamente onde "Os Sete" terminou. Dito isso, não mais para não estragar a leitura nem deste nem do anterior, preciso reconhecer que esse agradou mais. Os personagens estão mais trabalhados, o estilo literario melhorou... Não é spoiler dizer que esse livro é baseado no personagem de nome homônimo que conhecemos no primeiro livro. Aqui, o excesso de personagens não chega a ser tão problemático pois estes, em sua maioria, já tiveram parte de sua historia explorada no primeiro livro.

Setimo é hard! Ele é mau, mau, mau! Um Vampiro com V maiusculo. Nada de consciencia, nada de respeito humano. Isso é barbaro! Nada daqueles personagens politicamente corretos que estamos acostumados a ver na literatura atual. Ele consegue ser pior que o Dracula.


Não posso falar muito do livro sem correr o risco de estragar a leitura de "Os Sete", e consequentemente "Setimo"...

Recomendadissimo!!!

[resenha] Os Sete - Andr[e Vianco



Sinopse: Uma caravela portuguesa naufragada há cinco séculos é descoberta no litoral brasileiro. Dentro dela, sete cadáveres aprisionados em uma caixa de prata, acusados, na época, de bruxaria. Universitários irão estudar os cadáveres, que estão em perfeito estado de conservação... Será que estão mesmo mortos?




"Os Sete" conta a historia da descoberta de um grupo de amigos universitarios: uma antiga caravela naufragada no litoral do Rio Grande do Sul. A despeito dos tesouros que eles esperam encontrar dentro do navio, sete cadaveres altamente conservados... Então, eis que os Vampiros do Rio D'ouro chegam ao Brasil.




Depois que eu li o livro, fiquei me perguntando pq eu ainda não tinha lido nada deste autor antes, já que ele escreve sobre temas que me interessam a muitos anos. Daí eu lembrei: autor brasileiro, eu e meu velho preconceito... já viu, né?
Preciso dizer que sou preconceituosa com os escritores nacionais sim. Mas meu preconceito não é de todo infundado,  já que vamos combinar, o estilo literário é bem pobre, a narrativa chega a ser lamentável em alguns momentos... Outro ponto que me incomodou muito foi a quantidade excessiva de personagens, o que resultou em pouco desenvolvimento para cada um...

Os sete: Inverno, Acordador, Tempestade, Lobo, Espelho, Gentil e Sétimo, no geral não chegaram a dizer a que vieram. Além disso tem o Tiago, a Eliana (chaaaaattttaaaa), o Tobias, o Olavo e mais um monte de personagens. Vamos combinar, né... muita gente e muita historia para contar em 380 paginas...

Mas... o livro não é ruim, a historia é bem pensada, o argumento consegue ser desenvolvido satisfatoriamente...
Não dá pra contar muito sem entregar o que acontece....

A leitura é recomendada, você só precisa ser um pouquinho tolerante com o estilo literario do autor, fora essa ressalva, a leitura é agradavel e satisfatoria. Não chega a ser brilhante... mas para o que tenho visto de literatura nacional, está muito bom!

[resenha] O Iluminado - Stephen King



Sinopse: Danny Torrance não é um menino comum. Danny é capaz de ouvir pensamentos. Ele pode transportar-se no tempo e olhar o passado e o futuro. Danny é um iluminado. Maldição ou benção? A resposta pode estar guardada na imponência assustadora do hotel Overlook.
Quando Jack Torrance consegue o emprego de zelador do velho hotel, todos os problemas da família parecem estar solucionados. Não mais o desemprego e as noites de bebedeiras. Não mais o sofrimento da esposa, Wendy. Tranquilidade e ar puro para o pequeno Danny livrar-se de vez das convulsões que assustam a família. Só que Overlook não é um hotel comum. O tempo esqueceu de enterrar velhos ódios, cicatrizar antigas feridas. O Overlook é uma chaga aberta de ressentimento e desejo de vingança. O Overlook é uma sentença de morte e quer Danny, e precisa dos poderes de Danny para chegar ao fim.
A luta assustadora entre dois mundos. Um menino e a ânsia assassina de poderosas forças malígnas. Uma família refém do mal. Nesta guerra sem testemunhas, vencerá o mais forte.




Ah! Agosto!! O mês das leituras de terror!!! Como esperei este mês!!! Que delicia ler minhas seleções e escrever sobre elas! Ah! Eu queria que este mês tivesse pelo menos uns 100 dias, para poder ler mais!


Iniciei o mes com a leitura deliciosa deste livro maravilhoso, deste autor maravilhoso.

O Iluminado é uma obra-prima do terror literario, é um livro que merece ser lido, relido (se vc tiver coragem) e muito apreciado.

A historia, na verdade é sobre Jack, pai de Danny (que é o Iluminado), alcoólatra, desempregado, desajustado socialmente e que recebe a chance de redenção ao aceitar o emprego de zelador de um hotel "abandonado" durante a temporada de inverno.
A familia Torrance já tinha problemas suficientes antes de chegar ao Overlook, mas o desespero começa mesmo depois que eles chegam lá!
Danny tem um dom que normalmente já não seria agradavel, mas que no hotel tornou-se quase fatal: ele é capaz de ver "fantasmas do passado", basicamente. Isso, em um hotel com historico de odio, vingança e morte não deve ser nada agradavel.

As cenas em si já são apavorantes: tem a velha morta na banheira, o baile macabro, os animais arbusto, e outras cenas que podem impactar na primeira leitura.

Mas o que assusta mesmo no livro é o que não está escrito. É o terror psicologico, são as insinuações, as pequenas indicações... Muito da leitura, muito do que assusta nem sequer é mencionado.

Por exemplo, eu estava lendo o livro na sala, a noite, o que nunca foi problema, mas em determinado ponto, quando o Danny está na neve e cria-se todo aquele clima de tensão que chega a doer no peito e deixa você angustiado, a sensação de "tem mais alguem aqui", deixou as paginas do livro e passou para dentro da minha casa... É impressionante! Só King consegue isso.

É uma delicia acompanhar a evolução da historia, o desenvolvimento do JAck (que em momento nenhum me inspirou pena ou consideração, diga-se de passagem), os conflitos se criam, crescem e concluem-se.

Lembram o que eu falei que faltava na "A hora da estrela" no mês passado? Bom, King sabe como fazer, e fez aqui muito bem feito, com maestria, diga-se de passagem.

Vale muito a leitura.



Em tempo: Na decada de 80 Stanley Kubrick fez uma adaptação da obra para o cinema. O filme, apesar de ser carregado com essa atmosfera tensa do livro, e ser muito bem feito para a época, nem chega aos pés do livro que, como, sempre é muito, muito melhor.

Novamente, esses dias estava assistindo Friends, quando o Joey coloca "O Iluminado" no freezer, por achar muito assustador! Eu ri d+

quarta-feira, 11 de julho de 2012

[resenha] Gabriela Cravo e Canela - Jorge Amado



Sinopse: O romance entre a mulata Gabriela e o árabe Nacib na pequena Ilhéus na década de 20 é um dos grandes clássicos do gênero no Brasil. Escrito em 1958, eterniza as virtudes e defeitos da mulher brasileira: sensualidade, leviandade e submissão.


Eu nasci assim
Eu cresci assim...


Não deu pra evitar. Toda vez que eu pegava para ler este livro (e foram muitas, pq era quase impossivel ler varias paginas por vez... então tinha que parar, fazer alguma coisa interessante e depois voltar) eu lembrava da zoiuda da Juliana Paes falando: "Seu Nacib é moço bunito, tem que se divertir". Coisa mais chata, diga-se de passagem, esta serie/novela, que a globo está readaptando...

Mas estou divagando, vamos ao livro.

Ainda não decidi se gosto ou não da Gabriela, até pq não consigo pensar na moça do livro sem pensar na da TV... e achei-as muito diferentes!
A parte que mais gostei da historia foram os conflitos políticos que permearam por toda a historia. O embate entre Mundinho Falcão e o corenel Bastos é a verdadeira obra prima. Talvez pq eu more em uma cidade pequena, onde impera a politicagem, tenha achado este aspecto tão interessante. Afinal aqui, não é tão diferente de lá...
A Gabriela, em si, pra mim é altamente desinteressante, achei a personagem dona de um espirito livro forçado, que não convenceu. Em ultima instancia, fiquei com a impressão de que Gabi (para os intimos, rsss) é mais uma critica onde a mulher de espirito livre tende a ser vadia, do que um "louvor" à sensualidade da mulher...


Nota: a versão do livro que li, não foi esta que está postada, mas não achei a capa do livro e por este motivo postei esta

[resenha] A Hora da Estrela - Clarice Lispector



Sinopse:  A hora da estrela, de Clarice Lispector, é um livro feito para o apagamento. Um livro que, feito o amor, nasce da oferenda do que não se tem: o mistério das palavras, o silêncio das palavras. "Juro que este livro é feito sem palavras. É uma fotografia muda. Este livro é um silêncio. Este livro é uma pergunta." Pergunta dirigida sobretudo à narrativa: e agora, como contar uma história com restos, com palavras pobres que restam?






Bom, dando prosseguimento ao Desafio literario deste ano, o tema escolhido foi o "Premio JAbuti".  Só por isso, ja iniciei o mês de nariz torcido, pois sempre achei os livros premiados bem chatinhos. Mas, vamos lá!
"A hora da estrela" é um livro chato. Um daqueles livros que a historia roda, roda, roda e não chega a lugar algum... Não tem um climax... Faltou aquele momento de crescente, que vai tomando, tomando, tomando e depois oferece aquela surpresa no fim.
Ao fim da leitura, fiquei com a sensação de que... aliás, não fiquei com sensação nenhuma, pois a historia não me impactou, embora o tema devesse ser muito impactante!
A historia gira em torno de Macabea, uma moça vinda de Alagoas, para o Rio de Janeiro. Macabea não tem nada!


"É muito simples: a moça não tinha. Não tinha o quê? É apenas isso mesmo: não tinha."


E a historia é basicamente isso: uma narrativa das desventuras da moça, que nada tinha e tudo perdeu. Alias,  com uma amiga como a Gloria, ninguém precisa de inimiga!


Eu achei a historia deprimente, chata e pouco sigfnificativa...
A linguagem da Clarice nunca me agradou, e não foi dessa vez que a realidade mudou, continua sendo aquela coisa morosa, cheia de detalhes que pouco condizem com a linguagem real. O que quero dizer, é que nem a linguagem tras o leitor para perto da obra. O que, na minha opinião é um erro recorrente destes autores de classicos! 


Valeu pelo desafio, e valeu por ser curto e rapido, daqueles livros que vc pula um monte de paragrafos e eles nem fazem falta....

domingo, 24 de junho de 2012

[resenha] O fim da Eternidade -Isaac Asimov



Sinopse: Andrew Harlan é um Eterno: membro de uma organização que monitora e controla o Tempo. Um Técnico que lida diariamente com o destino de bilhões de pessoas no mundo inteiro: sua função é iniciar Mudanças de Realidade, ou seja, alterar o curso da História. Condicionado por um treinamento rigoroso e por uma rígida autodisciplina, Harlan aprendeu a deixar as emoções de lado na hora de fazer seu trabalho.
Tudo vai bem até o dia em que ele conhece a atraente Noÿs Lambent, uma mulher que abala suas estruturas e faz com que passe a rever seus conceitos, em nome de algo tão antigo quanto o próprio tempo: o amor. Agora ele terá de arriscar tudo - não apenas seu emprego, mas sua vida, a de Noÿs e até mesmo o curso da História.
Da extensa obra de Isaac Asimov, "O Fim da Eternidade" (publicado originalmente em 1955), junto com a série "Fundação e The Gods Themselves", está entre os melhores livros escritos pelo autor, e é considerada uma das mais bem-sucedidas histórias de viagem no tempo.


Deixe-me falar uma verdade sobre o Asimov: não existe meio termo! OU você adora ou você detesta! Seus livros são intrincados, complexos, muitas vezes cansativos.... mas no fim sempre acabam sendo sensacionais.

O fim da eternidade não é diferente: muitas vezes segui a leitura por pura força de vontade, porque a linguagem é cansativa, o cenario é viajante demais, e eu boiei muito, muito mesmo. Mas depois que você engrena na leitura (se vocÊ conseguir sobreviver as primeiras, sei lá, 30 - ou 100, rss - paginas...) passa a ver a historia incrivel que ele escreveu.

No inicio, parece que o argumento central seria a historia de amor entre Harlan e Noys, mas tudo isso é muito pequeno quando percebemos que na verdade estamos falando das escolhas que fazem a humanidade seguir seu curso.

Não vou dizer que este seja meu livro favorito, até pq eu amo os robos do Asimov, tanto em Eu, robo; quanto em O homem Bicentenario....


[resenha] Um conto de Natal - Charles Dickens

Sinopse: "Um Conto de Natal", do britânico Charles Dickens (1812-1870), está, certamente, entre as histórias mais difundidas da literatura ocidental. O enredo nos traz a figura de Scrooge, um rabugento homem de negócios de Londres, sovina e solitário, que não demonstra um pingo de bons sentimentos e compaixão para com os outros. Não deixa que ninguém rompa sua carapaça e preocupa-se apenas com seus lucros. No frio natalino, ele é visitado pelo fantasma de Marley, seu sócio, morto há algum tempo. Esta visita muda a sua vida.
A história foi escrita entre outubro e novembro de 1843, para ser publicada em capítulos de jornal, com ilustrações de John Leech, em dezembro do mesmo ano. O enredo é familiar a todos: foi filmado várias vezes, televisionado, adaptado para o teatro, para crianças, transformado em desenho animado e até em histórias em quadrinhos. Até mesmo a figura de Scrooge teve descendentes, já que o nome original do Tio Patinhas, personagem de Walt Disney, é Uncle Scrooge.


Esse livro estava na minha caixa de livros velhos... na verdade eu nem sei de onde ele veio... só que eu nunca tinha me interessado em le-lo. Pesquisando para o DL 2012, achei comentarios sobre este livro e pensei: "UAU! Eu tenho esse livro!!!" Corri lá na caixa, passei a mão nele e, entre muitos espirros (Livro velho, dentro da caixa a anos, empoeirado.... e eu alergica), li o livro inteiro em pouco menos de uma tarde....

Alias, a leitura é tão gostosa que vc nem vê que o tempo passou e a leitura chegou ao fim.

O livro conta a historia de Scrooge, um velho avarento, embora rico, e muito muito rabugento. Teoricamente a historia passasse na vespera de natal, de varias épocas diferentes. Isso pq em certa altura Scrooge recebe a visita dos Espiritos do Natal Passado, Presente e Futuro. Cada espirito leva-o em uma viagem onde ele vê o que fez, o que vem fazendo da sua vida e onde seu caminho o está levando...

Bem, a historia é uma lição de reflexão para todos. E, nessas horas eu fico pensando: como é que eu ainda não tinha lido antes???

Bem, o importante é que eu li agora. E, não vou usar o cliche "mudou a minha vida", mas me fez repensar alguns pontos importantes....

Linda historia, que deveria ser leitura obrigatoria em todas as escolas.


Curiosidade: andei lendo na internet que o Tio Patinhas seria a versão animada do Scrooge, assim como o Grinch a versão do cinema... Não concordo, pois em nenhum momento vi semelhanças nos jeitos dos 3 personagens!

[resenha] Linha do Tempo -


Sinopse: Michael Crichton traz agora uma aventura que combina a ciência do futuro - o campo emergente da tecnologia quântica - com as realidades complexas do passado medieval. Numa narrativa de tirar o fôlego , este livro leva o leitor a um reino de suspense e perigos inesperados, subvertendo nossas concepções básicas do que é possível. 






O tema do Desafio Literario 2012 no mês de junho foi viagem no tempo. Foi um tema que me trouxe muita dificuldade, pois eu achava que não tinha o menor conhecimento sobre o assunto. Daí passei na biblioteca e vi esse livro. Confesso que peguei apenas pela sinopse...
Quando comecei a ler a grande surpresa: sabe aquela sensação de deja-vú? Tipo, eu conheço essa historia??? Então, comecei a procurar na memoria e lembrei de um filme que eu vi lá nos idos de 2003... com o Paul Walker, o Gerald Butler... Filme de baixo orçamento mas otimo, embora tenha sido bastante adaptado do livro para as telinhas...
Mas eu estou divagando... vamos falar do livro.


Não conhecia o autor e confesso que fiquei encantada com o trabalho de pesquisa que ele claramente fez. Na minha opinião, um autor de ficção que se presta a realizar uma pesquisa bem feita sobre os fatos merece respeito já que, como ficção, ele poderia ter "pirado no cabeção" e escrito o que desse na telha. Mas ele procurou ser detalhista no aspecto histórico, o que garantiu um ar de "autenticidade" a obra.

Quem conhece meus textos sabe que eu não gosto de falar da historia propriamente dita, pois nunca sei quando estou entregando demais. Neste livro, acho que não tem muito o que esconder já que não há um grande misterio a ser revelado no final.

Final, diga-se de passagem, digno de nota. Ultimamente eu vinha reclamando muito dos livros que correm no final, ou que parece que o final foi escrito de qualquer jeito só pro autor terminar logo. Neste caso, a surpresa foi grata! Michael Crichton manteve a constância até a ultima pagina, com um final bem feito e elaborado até a ultima linha!

Não cheguei a me empolgar em ler a obra completa do autor. Mas este livro valeu a pena!

quinta-feira, 24 de maio de 2012

[resenha] A Cidade do Sol - Khaled Hosseini



Sinopse: Mariam tem 33 anos. Sua mãe morreu quando ela tinha 15 anos e Jalil, o homem que deveria ser seu pai, a deu em casamento a Rashid, um sapateiro de 45 anos. Ela sempre soube que seu destino era servir seu marido e dar-lhe muitos filhos. Mas as pessoas não controlam seus destinos. Laila tem 14 anos. É filha de um professor que sempre lhe diz: "Você pode ser tudo o que quiser." Ela vai à escola todos os dias, é considerada uma das melhores alunas do colégio e sempre soube que seu destino era muito maior do que casar e ter filhos. Mas as pessoas não controlam seus destinos. Confrontadas pela história, o que parecia impossível acontece: Mariam e Laila se encontram, absolutamente sós. E a partir desse momento, embora a história continue a decidir os destinos, uma outra história começa a ser contada, aquela que ensina que todos nós fazemos parte do "todo humano", somos iguais na diferença, com nossos pensamentos, sentimentos e mistérios.




Escolher este livro, por si só, ja foi um desafio. Como eu sempre digo, sou uma leitora preconceituosa, e muito resistente as literaturas diferentes do circuito Ingles-Americano... Mas encarei o desafio e fui lá!
É importante dizer que o estilo literario de Khaled é completamente diferente de tudo que eu estou acostumada.

Marian é uma mulher sofrida. Foi iludida durante toda a vida, e acabou sendo entregue a Rashid, para casamento. Um homem insuportavel (pelos meus padrões)... Eu não gosto muito de dar detalhes sobre as historias pq acabo sempre soltando um spoiler.

A historia, na verdade, usa o romance mais como um pano de fundo para divulgar os horrores da guerra do que o contrario. Tudo o que acontece está relacionado com os conflitos e suas consequencias. 
Diferente de "O Diario de Anee Frank", a guerra aqui é muito mais detalhada. Enquanto que no outro apenas nos limitamos a encarar as consequencias do movimento de guerra para a familia de Anne, neste livro temos panoramas dos bombardeios, das mortes, das esperanças... 

Eu não consegui ainda definir se este estilo literario me agrada, pq ainda estou naquela fase pós-choque, onde a realidade praticamente bate na nossa cara! Quem não vive a realidade da guerra, só acompanha pelo Jornal Nacional, não tem dimensão do horror que ela é.


terça-feira, 22 de maio de 2012

[resenha] O Testamento - Eric Van Lustbader









Sinopse: Durante séculos, uma seita secreta fundada por seguidores de São Francisco de Assis - a Ordem dos Observantes Gnósticos - guardou um segredo que poderia transformar para sempre a história da humanidade. Mas agora a segurança desse legado está nas mãos de um homem e uma mulher que mal se conhecem.
Braverman Shaw nunca perdoou o pai, Dexter, por levar uma vida distante e enigmática. Mas ele não imaginava a gravidade dos segredos que Dexter escondia - até que, durante uma tentativa de reconciliação, o pai foi brutalmente assassinado.
Ainda atordoado pelos acontecimentos, Braverman descobre que seu pai era membro do alto escalão da Ordem dos Observantes Gnósticos, uma centenária organização secreta cuja missão era preservar documentos sagrados capazes de causar um verdadeiro caos no mundo se caíssem em mãos erradas.
Envolvido numa teia de mistério e perseguição, Braverman se vê diante de incompreensíveis pistas deixadas por seu pai para levá-lo ao esconderijo do Testamento de Cristo - um evangelho apócrifo e a Quinta-essência, a lendária substância que possibilitaria a vida eterna.
Em sua luta frenética para escapar da morte e, ao mesmo tempo, encontrar repostas para suas perguntas, Braverman é auxiliado pela jovem Jenny Logan, Guradiã da Ordem treinada para protegê-lo. Mas, pouco a pouco, ele percebe que não deve confiar em ninguém e que o perigo pode estar onde ele menos imagina.

Numa trama tensa, repleta de suspense e ação ininterrupta, Eric Van Lustbader conduz o leitor por uma vertiginosa viagem por grandes segredos da história, da política e da religião e pelos mais sombrios sentimentos humanos.










O primeiro ponto que chama a atenção no livro é saber que, apesar de ser um livro de ficção historica, ele foi baseado em alguns fatos reais. As fraternidades existem, algumas das batalhas realmente ocorreram... A partir desta informação, muita coisa no livro nos deixa com a pulga atras da orelha... Será que a Ordem é tão capaz assim de influenciar a historia como narrada no livro? Será que tem tantos "dedos" movendo as linhas que alteram nossa historia? É obvio que trata-se de um romance ficticio (ou não... vai saber se frei Leoni realmente.... deixa pra lá) mas que a historia tem esse poder de nos fazer pensar... ah! Isso tem! Vai ver, Teorias da Conspiração não são tão teorias assim...

Bem, passado este ponto, quero dizer que o Bravo é muito chato! O cara é o personagem central da historia, mas é tão insipido que chega a dar sono... O relacionamento dele com a Jenny é tão frio que chega a dar sono tbm... Em nenhum momento senti aquela profundidade dos sentimentos... aquela tensão sexual que faz agente perder o folego e correr para a proxima pagina.
Aliás, muitas vezes eu corri com a leitura, pulando paragrafos chatissimos que não fariam a menor falta a historia... O enredo carece de dialogos.
Passam-se páginas de pura descrição entre eles. Acho que qualquer livro de fatos historicos é assim... mas este, que está misturado com um romance, deveria saber contrabalancear melhor seus momentos.
Afinal, as vezes eu queria muito mais saber o que estava acontecendo na cabeça e no coração de Jenny, do que voltar no tempo, saber como a guerra tal começou ou como a Ordem afeta a historia...
Os personagens foram pouquissimo explorados... Donatela e o amante (que eu esqueci o nome) mereciam muito, muito mais destaque! A irmã do Bravo tbm! Até a Anacoreta, que entrou e saiu da historia sem dizer a que veio....

Por fim, o final (redundaaaannnnccciiiiaaaaa) não trouxe nada novo... As grandes revelações do final poderiam ser deduzidas por qualquer um com um pouquinho de massa cinzenta... Alias, acho que todo mundo sacou o "gran finale" muito antes do final...


sábado, 5 de maio de 2012

[resenha] O diario de Anne Frank





Sinopse: "12 de junho de 1942 - 1° de agosto de 1944. Ao longo deste período, a jovem Anne Frank escreveu em seu diário toda a tensão que a família Frank sofreu durante a Segunda Guerra Mundial. Ao fim de muitos dias de silêncio e medo aterrorizante, eles foram descobertos pelos nazistas e deportados para campos de concentração. Anne inicialmente seguiu para Auschwitz e mais tarde para Bergen-Belsen."








Um dos motivos que me levou a ler este livro foi um filme chamado "Escritores da Liberdade". No filme, uma professora de uma turma problemática, marcada pela intolerância pelas diferenças, numa realidade de guerras urbanas, usa o exemplo de Anne Frank para transformar as vidas de seus alunos.

Então eu pensei: "Será que esse livro tem esse poder todo?", peguei o livro, ajeitei o edredom e fui a luta (ops... a leitura)...

Outro motivo que me fez ler este livro, foi a imensa polemica que gira em torno da veracidade dos fatos. Há quem diga que Anne Frank nunca existiu. Há quem diga que uma menina de 13 anos jamais teria condições de escrever do jeito como o livro se apresenta... Eu acredito que seja real.
Eu penso que as meninas de 13 anos de hoje em dia, no Brasil, tem muito mais chances de escrever um funk famoso do que um diario complexo como o da Anne. Mas estamos falando de uma ALEMÃ,  da decada de 40, JUDIA...
Ou seja: tempo diferente, cultura diferente, país diferente... logico que é possivel....

Sobre o livro propriamente dito:

O primeiro de tudo, e talvez o mais importante deste livro é dizer que ele não é BASEADO em fatos reais. Ele NARRA fatos reais. Não é como se alguem tivesse pego o diario da Anne e transformado em uma bela historia literaria. Essas são as proprias palavras de uma menina cuja juventude foi severamente interrompida. Cada pensamento, cada sentimento, é exatamente o que ela estava sentido, então isso nos dá a real dimensão de tudo aquilo.

O livro não é sobre guerra, perseguição, violencia. É sobre sensibilidade, amadurecimento, autoconhecimento... Afinal a Anne que começa a escrever é muito diferente daquela das ultimas paginas, que compreende melhor os seus, que se alegra com as pequenas coisas...
Nada como um confinamento forçado para nos fazer compreender melhor aqueles que nos cercam...

No fim, acho que ler Anne Frank é uma experiencia pelo qual todos devem passar. Reclamamos tanto da vida, batemos o pé quando não conseguimos ir naquela festa, choramos quando não ganhamos o presente que queriamos... E o livro nos lembra que  tem tanta gente com muito menos e que tenta buscar a felicidade mesmo assim.

Não posso terminar essa resenha de outra forma, a não ser expondo o pensamento de uma colega:
"Anne Frank me faz ter vergonha de mim mesma aos 14 anos. Eu não só era tremendamente idiota como também era incapaz de colocar no papel meus pensamentos de forma tão clara e envolvente. Enfim. " - Tata

terça-feira, 1 de maio de 2012

[resenha] Não Me Abandone Jamais - KAZUO ISHIGURO



Sinopse: Kathy H. tem 31 anos e está prestes a encerrar sua carreira de "cuidadora". Enquanto isso, ela relembra o tempo que passou em Hailsham, um internato inglês que dá grande ênfase às atividades artísticas e conta, entre várias outras amenidades, com bosques, um lago povoado de marrecos, uma horta e gramados impecavelmente aparados.


No entanto esse internato idílico esconde uma terrível verdade: todos os "alunos" de Hailsham são clones, produzidos com a única finalidade de servir de peças de reposição. Assim que atingirem a idade adulta, e depois de cumprido um período como cuidadores, todos terão o mesmo destino - doar seus órgãos até "concluir".


Embora à primeira vista pareça pertencer ao terreno da ficção científica, o livro de Ishiguro lança mão desses "doadores", em tudo e por tudo idênticos a nós, para falar da existência. Pela voz ingênua e contida de Kathy, somos conduzidos até o terreno pantanoso da solidão e da desilusão onde, vez por outra, nos sentimos prestes a atolar.


Sabe aquele livro que você tem que se esforçar para continuar?
Então, este livro foi assim do inicio ao fim. Eu não vi o filme, mas a própria sinopse estragou o que deveria ser o climax da historia: (ISSO NÃO É SPOILER POIS ESTÁ NA CONTRA CAPA DO LIVRO, MAS...) o fato de que todos os alunos eram clones, e que a personagem central já estava com seu final certo.
O livro deveria ser tocante, emocionante, deveria ter me feito chorar em muitas passagens... Os personagens deveriam ser misteriosos,  carregados de suspense... mas não! Saber o que foi revelado logo de cara matou a emoção da jornada.
A narrativa dos fatos passou a ser chata... Fatos cotidianos, briguinhas bobas, coisas sem importancia.... O pouco que deveria ser emocionante não era por que eu já sabia o que eles eram!

Posso estar louca, mas me lembrei um bocado daquele filme A Ilha, que tem mais ou menos a mesma tematica, mas gostei imensamente mais do final do filme.


[resenha] Mar de Papoulas - Amitav Ghosh



Sinopse: Mar de papoulas é a obra mais importante de Amitav Ghosh. Finalista do Booker Prize, foi selecionado como um dos melhores livros do ano pelos jornais Washington Post, Economist e San Francisco Chronicle. 

É um romance épico, cujo pano de fundo são as guerras do ópio na China e no Extremo Oriente no século XIX. Ele narra a jornada do navio Ibis, uma embarcação inglesa que se envolve no perigoso comércio do ópio com a China, e sua inusitada tripulação, formada por oficiais ingleses, um americano mestiço, escravos libertos, fugitivos e condenados — cada qual com suas ambições e seus dramas pessoais. Ghosh descreve desde as dificuldades dos plantadores de papoula na Índia — com sua tradição e seus amores proibidos — até as lutas e os desejos dos inusitados tripulantes do Íbis.

Mar de Papoulas transporta o leitor a uma aventura histórica de grandes proporções, digna dos clássicos da literatura no século XIX. Primeiro livro de uma trilogia, é uma obra grandiosa, de personagens cativantes.



Texto complicado para ler, Mar de Papoulas acabou me surpreendendo no final das contas. É uma linguagem totalmente diferente para uma literaria tão "americanizada" quanto eu.
As partes descritivas em um certo ponto são cansativas, mas necesarias para dar uma visão geral de um cenario tão pouco conhecido... Uma cultura tão deiferente da que vivemos...
O cenario inusitado, os personagens tão diferentes entre si (há de se dizer que a Deeti, muitas vezes me lembrou a Laila de "Cidade do sol" - sabe Deus pq!!)...
Enfim,  não sou de me alongar muito, pois sempre acabo contando mais do que devia.
De Mar de Papoulas, posso dizer que comecei a ler pensando que era uma coisa (e só li por se tratar de um tema do DL, pois já havia lido a sinopse algumas vezes, sem nunca me interessar....) e no final tive a grata surpresa de ser surpreendida, coisa que vem acontecendo cada vez mais raramente comigo....

Aprovo e recomendo!

terça-feira, 20 de março de 2012

[resenha] Tonico - José Rezende Filho


SInopse: Pobre e órfão de pai, Tonico sonha com uma vida independente e começa a trabalhar como engraxate, percorrendo as ruas com o amigo Carniça.



Quando me disseram que "Carrie -a estranha" não valeria na contagem do Desafio Literario 2012, corri na biblioteca para procurar um livro que tivesse titulo um nome pessoal. Na sessão infanto juvenil encontrei "Tonico", me sentei no tapete e comecei a ler.

É um fato interessante que este livro faz parte da série Vaga-Lume, que reinou na minha época de colegial. 
Ainda bem que naquela época não li esta obra, pois jamais teria tido a sensibilidade para compreender a mensagem quando tinha 12 ou 13 anos.

Tonico é um menino que perde o pai e vê sua vida mudar da noite para o dia. Seu pai morreu, ele tem que deixar a escola, os amigos, sua rotina e começar a trabalhar para ajudar em casa.
Uma cena interessante, mostra como ele é apenas um menino que sofreu uma grande virada, é quando ele sai para fazer uma entrega da mercearia onde trabalha (e é muito maltratado, diga-se de passagem) e acaba esquecendo da hora por ver os meninos jogando bola.
E a historia segue, com Tonico virando engraxate e vivendo "aventuras" com seu amigo carniça.


O livro é bem antigo, por isso a linguagem pode ser um tanto cansativa... Mas a mensagem é atual: crianças precisam ser crianças, precisam ser tratadas, cuidadas e amadas como crianças. Independente das adversidades!
Afinal, não foi culpa de Tonico o pai ter morrido. Não cabia a ele manter a familia... Sua mãe não percebeu, sua avó não percebeu.

É uma boa leitura, não sei se, sendo professora, recomendaria aos alunos de uma quinta serie (que é + ou - a faixa etaria para qual a série é escrita), mas a mensagem é boa!

[resenha] Virtude Indecente- Nora Roberts



Sinopse: Grace McCabe é uma escritora policial de sucesso que viaja à casa da irmã, Kathleen, em Washington, a fim de descansar após longa turnê de lançamento de seu último livro. Ela só não imaginava passar na vida real o que seus personagens vivem na ficção.
Ao chegar a Washington, Grace fica chocada com o trabalho da irmã: operadora de telessexo, sob o pseudônimo Desiree. Kathleen alega que o emprego é estranho, mas, como a empresa garante o anonimato das funcionárias, realizar os sonhos de homens carentes torna-se bastante interessante. Até o dia em que ela aparece morta em casa, estrangulada com o fio do telefone.
Mesmo desafiando o vizinho de sua irmã e detetive responsável pelo caso, Ed Jackson, Grace monta uma armadilha perigosa para tentar pegar o assassino. Seu plano é extremamente audacioso, o que deixa Ed totalmente contrariado. Porém, ele começa a funcionar e é tarde para deixá-lo de lado.
“Virtude Indecente” traz uma corrida desesperada contra a morte, em que qualquer um pode ser o assassino que Grace procura. Conseguirá Ed resolver o caso e proteger, ao mesmo tempo, a atraente escritora?


Segundo livro escolhido para o Desafio Literario 2012, Virtude Indecente tem tudo que um bom triller precisa para prender o leitor do inicio ao fim: tensão, suspense, sensualidade, uma mocinha, um heroi e um bandido.
Nem preciso dizer que algumas cenas entre a mocinha e o heroi são hot hot hot!
Como sempre, a Nora tem a capacidade de criar homens que fazem agente ficar babando e suspirando a cada pagina. Ed, é o nome da vez. Ele é machista, autoritario, superprotetor... tudo isso deveria contar como defeito se ele não fosse tão cativante e não tivesse aquela pegada.

O livro, em geral, não é a obra mais inspirada da Nora, mas é um bom livro, a historia tem momentos preguiçosos mas salva-se com os contra-pontos brilhantes...
Um assassino que mata atendentes de tele-sexo? É uma ideia original! Ainda mais se pensarmos que essas atendentes não são prostitutas, mas mães de familia, com empregos respeitaveis e uma certa posição na sociedade.

No geral, deixo Virtude Indecente na média, já que só o Ed vale alguns pontos importantes!