quarta-feira, 11 de julho de 2012

[resenha] Gabriela Cravo e Canela - Jorge Amado



Sinopse: O romance entre a mulata Gabriela e o árabe Nacib na pequena Ilhéus na década de 20 é um dos grandes clássicos do gênero no Brasil. Escrito em 1958, eterniza as virtudes e defeitos da mulher brasileira: sensualidade, leviandade e submissão.


Eu nasci assim
Eu cresci assim...


Não deu pra evitar. Toda vez que eu pegava para ler este livro (e foram muitas, pq era quase impossivel ler varias paginas por vez... então tinha que parar, fazer alguma coisa interessante e depois voltar) eu lembrava da zoiuda da Juliana Paes falando: "Seu Nacib é moço bunito, tem que se divertir". Coisa mais chata, diga-se de passagem, esta serie/novela, que a globo está readaptando...

Mas estou divagando, vamos ao livro.

Ainda não decidi se gosto ou não da Gabriela, até pq não consigo pensar na moça do livro sem pensar na da TV... e achei-as muito diferentes!
A parte que mais gostei da historia foram os conflitos políticos que permearam por toda a historia. O embate entre Mundinho Falcão e o corenel Bastos é a verdadeira obra prima. Talvez pq eu more em uma cidade pequena, onde impera a politicagem, tenha achado este aspecto tão interessante. Afinal aqui, não é tão diferente de lá...
A Gabriela, em si, pra mim é altamente desinteressante, achei a personagem dona de um espirito livro forçado, que não convenceu. Em ultima instancia, fiquei com a impressão de que Gabi (para os intimos, rsss) é mais uma critica onde a mulher de espirito livre tende a ser vadia, do que um "louvor" à sensualidade da mulher...


Nota: a versão do livro que li, não foi esta que está postada, mas não achei a capa do livro e por este motivo postei esta

[resenha] A Hora da Estrela - Clarice Lispector



Sinopse:  A hora da estrela, de Clarice Lispector, é um livro feito para o apagamento. Um livro que, feito o amor, nasce da oferenda do que não se tem: o mistério das palavras, o silêncio das palavras. "Juro que este livro é feito sem palavras. É uma fotografia muda. Este livro é um silêncio. Este livro é uma pergunta." Pergunta dirigida sobretudo à narrativa: e agora, como contar uma história com restos, com palavras pobres que restam?






Bom, dando prosseguimento ao Desafio literario deste ano, o tema escolhido foi o "Premio JAbuti".  Só por isso, ja iniciei o mês de nariz torcido, pois sempre achei os livros premiados bem chatinhos. Mas, vamos lá!
"A hora da estrela" é um livro chato. Um daqueles livros que a historia roda, roda, roda e não chega a lugar algum... Não tem um climax... Faltou aquele momento de crescente, que vai tomando, tomando, tomando e depois oferece aquela surpresa no fim.
Ao fim da leitura, fiquei com a sensação de que... aliás, não fiquei com sensação nenhuma, pois a historia não me impactou, embora o tema devesse ser muito impactante!
A historia gira em torno de Macabea, uma moça vinda de Alagoas, para o Rio de Janeiro. Macabea não tem nada!


"É muito simples: a moça não tinha. Não tinha o quê? É apenas isso mesmo: não tinha."


E a historia é basicamente isso: uma narrativa das desventuras da moça, que nada tinha e tudo perdeu. Alias,  com uma amiga como a Gloria, ninguém precisa de inimiga!


Eu achei a historia deprimente, chata e pouco sigfnificativa...
A linguagem da Clarice nunca me agradou, e não foi dessa vez que a realidade mudou, continua sendo aquela coisa morosa, cheia de detalhes que pouco condizem com a linguagem real. O que quero dizer, é que nem a linguagem tras o leitor para perto da obra. O que, na minha opinião é um erro recorrente destes autores de classicos! 


Valeu pelo desafio, e valeu por ser curto e rapido, daqueles livros que vc pula um monte de paragrafos e eles nem fazem falta....